Dermatite Atópica

DERMATITE ATÓPICA

Sinônimo:

eczema atópico.

O que é?

Dermatite atópica é uma doença crônica que causa inflamação da pele, levando ao aparecimento de lesões e coceira. Cerca de 30% dos indivíduos com dermatite atópica têm asma ou rinite alérgica e 15% têm surtos de urticária. Há estudos que apontam 70% dos pacientes com antecedentes familiares de atopia (asma, rinite alérgica ou dermatite atópica).

Como se desenvolve ou se adquire?

O indivíduo com dermatite atópica tem um aumento da reatividade cutânea frente a inúmeros estímulos. Os mecanismos responsáveis por esta reatividade alterada não são completamente conhecidos. Sabe-se que fatores genéticos, imunológicos e não-imunológicos, contribuem para o aparecimento.

Principais desencadeantes:

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Alimentos: leite, ovo, trigo, soja, amendoim, peixes e frutos do mar.
Fatores ambientais: ácaros, fungos, animais e pólens.
Irritantes cutâneos: lã, sabão, detergentes, amaciantes de tecido, solventes e suor.
Infecções: vírus e bactérias.
Fatores emocionais.

O que se sente?

É comum o indivíduo sentir uma intensa coceira. As lesões mais freqüentes são: eritema (vermelhidão); edema (inchaço); exsudação (secreção na pele); crostas e descamação; pele ressecada e manchas brancas (pitiríase alba). São mais freqüentes lesões flexurais como punhos, parte anterior dos braços e posterior das pernas.

Como o médico faz o diagnóstico?

A diagnose é clínica através de manifestações que representam critérios considerados absolutos e os chamados critérios menores.

Critérios absolutos:

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Prurido (coceira): é manifestação constante na dermatite atópica, em todas as suas fases.
Morfotopografia: localizações típicas da dermatite atópica. Na criança, acometimento facial com lesões agudas. Na fase pré-puberal (2 a 12 anos), as lesões são subagudas, preferencialmente nas dobras do cotovelo, atrás do joelho, pescoço, mãos e pés. Na fase adulta (após 12 anos de idade), as lesões são crônicas com surtos agudos em localizações variadas.
Tendência à cronicidade e/ou recidivas freqüentes.

Critérios menores:

 

História pessoal ou familiar de manifestações atópicas
Positividade aos testes cutâneos imediatos
Dermografismo branco ou vasoconstrição prolongada
dor na região lombar baixa (costas)
Outros

Como se trata?

Por não existir nenhum recurso para a cura definitiva, o objetivo do tratamento deve ser o controle da afecção, enquanto se aguarda por uma possível involução espontânea da dermatose. Assim, o tratamento deve ser orientado para diminuir a sintomatologia e a reação inflamatória, reconhecendo, afastando ou excluindo fatores que agravam o quadro.

A hidratação cutânea é ponto fundamental no tratamento. Podem ser utilizados os antiinflamatórios tópicos (creme ou pomadas de corticosteróide), anti-histamínicos por via oral, para controlar a coceira e diminuir as erupções na pele. Os imunomoduladores e imunossupressores também são indicados para auxiliar no tratamento.

Como se previne?

Não há mecanismo de prevenção, mas a dermatite atópica pode ser controlada através de cuidados com a exposição a fatores que possam desencadear a afecção.