Hipertensão – Investigação Clínica e Laboratorial

HIPERTENSÃO ARTERIAL

INVESTIGAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL

Diagnosticar a hipertensão arterial é uma tarefa fácil, geralmente o paciente já sabe. Mas avaliar as lesões dos órgãos alvo (coração, rins, cérebro, vasos), identificar os fatores de risco para as doenças cardiovasculares e diagnosticar, se possível, a causa da hipertensão arterial é uma preocupação constante dos médicos.

Como a hipertensão arterial é silenciosa e assintomática, poucas queixas são relatadas pelos pacientes. Eventualmente ocorrem dores de cabeça na região posterior da nuca ao levantar, que quase sempre desaparece com o decorrer do dia, tontura, falta de ar, cansaço com os exercícios, vista turva e, às vezes, sangramento nasal.

As mulheres têm, percentualmente, mais hipertensão que os homens, mas eles têm hipertensão mais severa.

O envelhecimento está associado a uma maior incidência de hipertensão sistólica. Quanto mais jovem o paciente, mais possibilidade de ter uma hipertensão secundária a uma doença reversível. A raça negra tem mais hipertensão e com características mais severas. A história familiar de muitos parentes hipertensos permite o diagnóstico etiológico de hipertensão essencial ou familiar.

Fatores agravantes como álcool, fumo, café em excesso, estresse, sal, gorduras saturadas e drogas provocadoras de hipertensão, como os vasosconstrictores nasais, devem ser investigadas.

O tempo de duração da hipertensão é importante para avaliar a existência de lesões dos órgãos alvo.

No exame físico, medir peso, altura e calcular o índice de massa corporal é importante para diagnosticar os pacientes obesos.

Deve-se examinar as artérias carótidas e as artérias femorais para avaliar a circulação periférica. A ausculta cardíaca, o eletrocardiograma e o ecocardiograma avaliam o coração. O fundo de olho fornece informações sobre os vasos retinianos. A ecografia abdominal fornece detalhes sobre os rins e supra-renais complementando o exame físico.

Para averiguar o grau de lesão dos órgãos alvo da hipertensão e o estado geral do paciente são necessários exames laboratoriais como: exame comum de urina, creatinina, uréia, glicose, colesterol, triglicerídeos, colesterol HDL e LDL, ácido úrico, sódio, potássio e CO2.

Origem da hipertensão arterial

Após investigação, o paciente hipertenso pode ser diagnosticado como tendo hipertensão arterial de duas origens.

A primeira é a hipertensão arterial essencial ou primária de causas desconhecidas. Ocorre em 90 a 95% dos hipertensos, e um exemplo é a hipertensão familiar.

A segunda é a hipertensão arterial secundária, que em alguns casos pode ser revertida e até curada, dependendo do diagnóstico precoce que evite a cronificação e as lesões hipertensivas. O segundo grupo, o da hipertensão secundária, como já vimos, é a minoria.

Suas principais causas são hipertiroidismo 0,1%, tumores da supra-renal 0,5%, doenças renais 3%, hipertensão renovascular 1%, coarctação de aorta 0,1% e hiperparatiroidismo 0,1%.

A prevalência da hipertensão secundária é da ordem de 5 a 10% da população geral.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico

O que é pressão alta?

Qual o nível da minha pressão?

Devo fazer verificação da minha pressão em casa?

O que pode me acontecer se eu não tratar a pressão alta?

Quais os efeitos colaterais do tratamento?