Demência

DEMÊNCIA

Nomes Populares:

Caduquice, loucura, esquecimento.

O que é?

São todas as doenças que provocam alteração da memória de curta ou longa duração associada a alteração da função cortical a qual chamamos raciocínio. A memória de curta duração é responsável pelo que o indivíduo realizou nos últimos dias e nas últimas horas. Já a memória de longa duração é a responsável pelo aprendizado, lembranças da infância e de anos passados. O raciocínio ou funções corticais superiores são as capacidades do indivíduo de calcular, escrever, orientar-se e principalmente a capacidade de integrar todos esses conhecimentos.

Quando o indivíduo não reconhece alguém ou algum lugar ou há quanto tempo ocorreu determinado fato, isso significa que ele está com alteração de memória e, portanto, com um dos indicadores para quadro demencial. A inadequação a diferentes fatos, como perda de iniciativa e comportamento inadequado, é decorrente de doença do lobo frontal.

Alteração pequena de memória recente em indivíduos com mais de 65 anos de idade é considerada normal. Perda de memória geralmente ocorre na demência, mas a perda de memória, sozinha, não significa que o indivíduo tem demência. A demência indica problemas com pelo menos duas funções cerebrais, tal como a perda de memória associada com uma piora no julgamento ou linguagem. A demência torna o paciente confuso podendo não lembrar de nomes e pessoas, podendo ocorrer também alterações de personalidade e comportamento social.

Como se adquire?

Muitas doenças chamadas de “degenerativas” são responsáveis por quadros demenciais, entre elas: Doença de Alzheimer, diabete melito, dislipidemias, isquemias cerebrais. Outro grande grupo é o das doenças infecciosas: meningites, encefalites, encefalites por vírus lentos, AIDS, sífilis. O terceiro grupo é o dos tumores cerebrais, como os gliomas, meningeomas, metástases.

Por último temos as demências pós-traumatismo de crânio que são os hematomas subdurais crônicos e as lesões axonais difusas e a hidrocefalia.

O que se sente?

Inicialmente a pessoa queixa-se de falta de memória recente, depois aparecem as alterações da memória tardia, memória de tempo e memória espacial. Por fim há uma alteração de comportamento, com atitudes bizarras e imprevisíveis.

Como o médico faz o diagnóstico?

O diagnóstico é feito com testes de memória. Dá-se uma lista de dez objetos ou desenhos para o indivíduo memorizar. Caso ele tenha menos de 65 anos de idade e não consiga memorizar nenhum dos dez objetos ou desenhos, ele deve ser investigado.

Avaliação deve ser feita com tomografia computadorizada do encéfalo (TC) ou ressonância magnética do encéfalo (RM). A punção lombar é importante, pois nos permite diagnóstico de doenças infecciosas que levam a quadro demencial.

Como se trata e como se previne?

Para as doenças infecciosas, a prevenção é a vacinação sempre que possível, como nas meningites bacterianas. Evitar transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DST), como sífilis e AIDS, com o uso de métodos de barreira – camisinha, condom – nas relações sexuais.

Nos diabéticos e pessoas com problema de colesterol o tratamento com restrição alimentar e remédios é o mais indicado.

Nas demências consideradas degenerativas, como Alzheimer, estudos têm sido feitos na tentativa de identificar um vírus ou alteração metabólica que leve ao quadro demencial. Nos tumores cerebrais não há nenhuma forma de tratamento preventivo, mas somente curativo como cirurgia para ressecção dos mesmos.