Como Conversar Sobre Sexo com o Parceiro

COMO CONVERSAR SOBRE SEXO COM O PARCEIRO

COMO CONVERSAR SOBRE SEXO COM SEU PARCEIRO

Se hoje em dia fazer sexo é algo comum, sua prática ainda traz angústias. Um assunto misterioso pela quantidade de desinformação fazendo com que as pessoas fiquem perdidas não só no que dizer mas como dizer. Então, como lidar com a sexualidade de forma mais saudável?

Problemas sexuais são uma realidade contemporânea. Apesar disso, ainda é difícil falar sobre sexo com o parceiro. Mesmo que seja uma boa tradução de intimidade, por mais que sexo não revele intimidade sexual, falar sobre o assunto pode não ser tão espontâneo. Muitos têm dificuldade em expor suas necessidades e gostos, aumentando o risco de falta de entendimento na cama. É preciso lembrar que quando há algum impasse relativo ao sexo, ambos são afetados e, por isso, ainda que seja natural se sentir desconfortável não é positivo ignorar a questão.

Mas o medo de iniciar tal conversa pode surgir por crenças que vão desde acreditar que o problema uma hora vai desaparecer ou que vai ferir os sentimentos do outro por uma interpretação negativa do que foi dito ou, quando o assunto vem sendo empurrado com a barriga, de deixá-lo ofendido, chocado ou decepcionado por ter sido deixado de lado tanto tempo. E enquanto um dos parceiros se ocupa em disfarçar a questão, o outro pode estar tentando descobrir o que está acontecendo sedento por esclarecimento.

Assim, fazer de conta que está tudo bem, leva o outro a ter informações impróprias e, dessa forma, as coisas continuarão como estão já que, fingindo que nada acontece, se transmite as pistas erradas de como a relação deveria funcionar. E sem ser estimulado da forma adequada, aquele que está insatisfeito estará se privando do prazer pela dificuldade em avisar sobre aquilo que precisa.

Se o desconforto for muito grande em falar, saiba que a conversa não precisa ser recheada de argumentações sem fim. Falar sobre sexo não necessariamente precisa ser de forma direta. É possível dizer o que se quer através de linguagem não verbal, gestos ou mesmo brincadeiras, uma forma de introduzir o assunto aos poucos e permitir que se pense na questão.

O tema merece ser tratado com jogo de cintura e bom humor, assim fica mais fácil evitar alguns sentimentos que possam surgir durante o desabafo. Saiba que é normal que se sinta vulnerável em estar abrindo uma parte de si mas vale a pena pensar que falar sobre as suas necessidades, além de melhorar o seu relacionamento sexual, melhora o relacionamento como um todo.

A sexualidade é um território muito pessoal e há uma pressão para o seu perfeito exercício. É natural que se tenha receio em expor desejos e fantasias. Mas ficar preso ao medo é tornar o relacionamento menos prazeroso. Privando-se o outro de um diálogo construtivo, perde-se a possibilidade de amadurecimento e descoberta de um caminho menos desgastante para ambos. 
 

Começando:

Antes de iniciar a conversa, clarifique quais são as questões que vão ser abordadas. Você pode escrever uma cola num papel para organizar seus pensamentos. Além disso, escolha um momento apropriado para a conversa e um lugar neutro e sem distrações. Não espere estarem cansados, com sono ou pela hora de irem para o trabalho. É preciso separar um tempo, ou seja, nada de interrupções já que vocês têm um assunto importante a tratar.
 

O que dividir:

Nesse diálogo deve-se falar sobre seus medos e dúvidas, o que mais agrada e que tipos de carícias prefere. Aproveite o momento e pergunte o que o outro gosta. E especifique o seu desejo, ou seja diga o que precisa e o que isso significa para você. O caminho é curto e ao mesmo tempo logo: para sentir prazer, você precisa saber o que te faz sentir prazer, conhecer seu corpo e como ele precisa de ser tocado. Ou seja, é preciso dizer o que sente, como sente ou o que espera sentir.

Lembre-se sempre de utilizar os verbos na primeira pessoa do singular, de ser claro, e certificar-se de que aquilo que está sendo dito está sendo entendido.
 

Por que falar:

A intenção da conversa não é fazer com que o outro se sinta culpado por você não estar satisfeito sexualmente, mas demonstrar que entende que um relacionamento deve ser feito de uma parceria, um tentando ajudar o outro. Assim, reforce a idéia de que tal conversa demonstra um cuidado pela relação. Saiba que o que você tem a dizer é produtivo, importante e capaz de inspirar mais confiança e cumplicidade, abrindo caminho para que haja maior intimidade e profundidade no relacionamento.

E lembre-se que não falar sobre o assunto é permitir que a insatisfação e o ressentimento continue entre vocês. Sexo é troca e diálogo. Esqueça o certo e errado e concentre-se no que é bom para os dois em um comum acordo.
 

Não se sinta só:

Imaginar-se como o único responsável pelo problema pode ser uma solução nem um pouco saudável. Não basta uma mudança sua para que haja uma transformação na sexualidade do casal. Enquanto estiver guardando o que está acontecendo somente para si, não estará possibilitando que o outro entenda a relação e o que você precisa dela.

Vale ressaltar que vários são os fatores capazes de atrapalhar a resposta sexual como um todo. Mas ainda que se tenha algum tipo de disfunção sexual, saiba que há solução para a grande maioria dos problemas. Hoje os tratamentos estão bem mais avançados e com resultados positivos.
 

Dali pra frente:

Vale pensar no que vão fazer quando tudo estiver às claras. O que gostaria que o outro fizesse? Espera que ele procure um terapeuta sexual junto com você? Que lhe acompanhe numa consulta médica? Como você precisará do outro e o que espera dele(dela)?