Por Uma Nova Terapia Sexual

A TERAPIA SEXUAL NO TERCEIRO MILÊNIO

Novas perspectivas, velhos conflitos: atacando nos dois lados.

Hoje em dia se vê a medicina como a Era das Pílulas! Milhares de novas medicações entram no mercado. No entanto, será que aquela velha história de existir um Elixir do Amor é verdadeira? Os grandes laboratórios dizem que sim e têm despejado uma série de produtos a cada ano. O que é real nisto tudo?

Os problemas sexuais podem surgir de uma série de causas diferentes. Podem ser desencadeados por problemas físicos (orgânicos) e/ou emocionais (psíquicos). Na verdade, não seria errado dizer que as causas se somam. E saber a natureza do problema é por demais importante, pois só assim podemos decidir que tipo ou linha de tratamento devemos indicar.

Mas atenção! Todo cuidado é pouco. O uso desses medicamentos sem acompanhamento médico pode prejudicar a saúde de quem está justamente procurando ajuda. Procure um psiquiatra especializado em sexualidade humana e divida essa responsabilidade com quem mais entende a respeito de seu problema. Não se exponha a procedimentos invasivos sem ouvir uma segunda opinião! A cirurgia nos problemas sexuais é uma das últimas alternativas de tratamento, não sendo eficaz para a maioria das disfunções sexuais.

Quais são as linhas de tratamento?

Tratamento Medicamentoso

Não é uma panacéia milagrosa, mas, se usado com indicação médica, seriedade e esclarecimento de seus possíveis efeitos indesejáveis, pode trazer muitos benefícios e até mesmo a cura. Pode ser utilizado isoladamente ou em combinação com uma das técnicas de psicoterapia, trazendo bem melhores resultados desta forma.

Alguns medicamentos que podem ser utilizados são os chamados antidepressivos, as prostaglandinas, a fentolamina, a papaverina, o sildenafil (Viagra) e alguns hormônios (em casos orgânicos), entre outros. Cada medicação deve ser escolhida de acordo com o perfil do paciente e de suas condições gerais de saúde.

Tratamento Psicoterápico

Nem todo o transtorno sexual responde bem à medicação. Não é raro se tentar o uso de um remédio e ele não funcionar no primeiro momento, trazendo uma série de efeitos indesejáveis e até uma piora no estado do paciente. Não é fácil para ninguém dividir a intimidade de sua vida sexual, ainda mais quando se tem vergonha e constrangimento devido a pouca abertura na educação e na tradição, tanto familiar, quanto social.

A psicoterapia é um método de tratamento muito efetivo, trazendo ótimos resultados. Pode ser feita com o casal ou individual. Uma vez iniciada, ocorre um preparo da pessoa para que ela entenda o que está acontecendo na sua vida sexual, dando-se conta das reações de seu corpo frente a situações negativas sexualmente falando.

Existem várias formas de psicoterapia, mas as mais indicadas para os transtornos sexuais são a Psicoterapia Cognitivo-Comportamental, a Focal, a de Orientação Analítica e o Psicodrama. Busca-se o clareamento de conflitos internos e de preocupações íntimas e profundas que inibem a vida sexual. A técnica Cognitivo-Comportamental emprega tarefas e exercícios sexuais. A técnica Focal e de Orientação Analítica, oferece interpretações e confrontos ao paciente para que ele se dê conta de suas repressões, com o intuito de mudanças. O Psicodrama usa exercícios de teatro e vivências para elaboração dos problemas individuais e interpessoais.

Na medida em que a psicoterapia se desenvolve, surge maior confiança entre o terapeuta sexual e o paciente. Desta forma, quando a medicação é prescrita, é muito melhor tolerada. A confiança no psiquiatra é fundamental.

Tratamento Cirúrgico

Essa é a última opção de tratamento para os transtornos sexuais. Geralmente é indicado quando há confirmação de algum problema físico ou quando todas as outras formas de terapia falharam. Em diabéticos crônicos, por exemplo, a prótese peniana tem sido uma forma de recuperar a função sexual e a auto-estima. Mas a exposição a esse tipo de tratamento tão invasivo deve ser obrigatoriamente acompanhada por uma equipe, principalmente por um terapeuta sexual, garantindo a diminuição dos índices de fracasso terapêutico.

Hipnoterapia, Ortomolecular, Neurolinguística, Terapia de Vidas Passadas.

Carecem de comprovação cientificamente aceita para o tratamento dos transtornos sexuais.